segunda-feira, 22 de maio de 2017

jornadas de Ambiente, Biodiversidade e Oceanos-Tambur de Alerta de 12de Maio a 8 de Junho

o Instituto da Biodiversidade e das Areas Protegidas, Gabinete de Planificação Costeira, Rede Nacional dos Parlamentares para o Ambiente e Desenvolvimento Dural, União Internacional para a Conservação da Natureza e a Organização para Defesa Zonas Humidas na frente das comemorações da jornada ambiental Tambur de alerta.

 A iniciativa visa a alertar os decisores políticos, a camada mais jovem e o público em geral sobre a importância da utilização sustentável da diversidade biológica, dos oceanos, a proteção do ambiente e os desafios da conservação na Guiné-Bissau.
Na base destes princípios, pretende-se com esta iniciativa atingir os seguintes objetivos:
⦁    Sensibilizar os decisores políticos e os jovens para a problemática ambiental e a necessidade de adotarem estas questões de forma efetiva nas suas atividades e currículo escolar.
⦁    Sensibilizar o público sobre a necessidade de uma gestão sustentável dos nossos recursos naturais, que demonstra que a conservação das espécies da biodiversidade também é crucial para o futuro da Humanidade.
⦁    Aumentar a conscientização e ação para o importante contributo do turismo sustentável para o crescimento econômico e para a conservação e uso sustentável da biodiversidade.
⦁    Promover um melhor conhecimento das principais abordagens da conservação desenvolvidas pela Guiné-Bissau pelas instituições de conservação.
⦁    Traçar algumas perspectivas de parcerias com as Escolas, Universidade, casernas militares, marinha nacional no âmbito da sensibilização e educação ambiental, sobre as problemáticas debatidas.
⦁    Divulgar a importância de conservação dos ecossistemas, as Leis e Convenções ratificadas e ainda não ratificadas pelo país, como um instrumento fundamental para a gestão e manutenção da biodiversidade e como garantia da segurança alimentar das populações.
⦁    Expor ao público os produtos da Biodiversidade através de exposições, filmes, debates, entre outros.
⦁    Apresentar ao público os novos instrumentos de gestão da Biodiversidade.


A Guiné-Bissau é um país cujo desenvolvimento econômico é baseado no potencial dos seus recursos naturais (terras, oceanos, água, flora, fauna, etc.). Com efeito, a economia da Guiné-Bissau é baseada em grande parte em recursos naturais cada vez mais ameaçados.
Como muitas Nações no mundo, a Guiné-Bissau participou na Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento, a Cimeira do Rio de Janeiro, Brasil, em Junho de 1992. Assim tomou parte às negociações que conduziram às convenções de Rio de Janeiro: a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB); a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CCNUCC) e a Convenção de Luta contra a Desertificação (CCD).
“As Convenções ambientais são obrigações internacionais com objetivos concretos que visam a integração da proteção ambiental e a gestão dos recursos naturais ao desenvolvimento socioeconômico. Estas convenções precisam e alargam o conceito e a aplicação do desenvolvimento sustentável. ” (Ação 21).
Estas Convenções, chamadas da Geração do Rio, têm uma preocupação comum em relação aos problemas ambientais e de desenvolvimento sustentável. O carácter transversal das três Convenções deve ser tomado em conta sistematicamente nas estratégias sectoriais e nacionais.
Para aumentar a consciência e os conhecimentos dos decisores políticos e do público em geral em relação as questões ambientais e proteção dos ecossistemas, as Nações Unidas, instituiram datas para a celebração de diferentes efemerides ligados ao ambiente. O dia mundial das aves migradoras é celebrado a 10 de Maio, o dia internacional da Diversidade Biológica é celebrado a 22 de Maio, o dia Internacional do Ambiente a 05 de Junho e o dia Mundial dos oceanos a 08 de Junho.
Estes eventos são celebrados todos os anos, tendo 2017 como principais lemas escolhidos tendo em conta as preocupações actuais face as ameaças oriundas das actividades antrópicas:
Dia Internacional das Aves Migradoras: lema “O futuro deles é o nosso futuro
Um planeta saudável para as aves migratórias e pessoas, destaca a interdependência entre as pessoas e a natureza e, especialmente, pessoas e animais migradores - especialmente aves, pois partilham o mesmo planeta e, portanto, os mesmos recursos limitados.
Existem padrões diferentes de migração. A maioria das aves migra das áreas de reprodução do Norte para as áreas de invernada ao Sul. A migração é uma viagem perigosa e expõe os animais para uma ampla gama de ameaças, muitas vezes causadas por atividades humanas. Como aves migratórias dependem de uma variedade de locais em todo o seu percurso ao longo de seu caminho de migração, a perda de locais de invernada e de escala poderia ter um impacto dramático sobre as chances de sobrevivência dos animais. Por isso, as aves migratórias precisam de proteção - ao longo de suas rotas migratórias. A Guiné-Bissau no geral é o país de ivernada, dados apontam que só o Arquipélago dos Bijagos recebe cerca de 1.000.000 de aves migradoras provenientes da Europa e do Ártico.
As longas distâncias de voo, muitas fronteiras têm que ser atravessadas entre os países com políticas ambientais diferentes, legislação e medidas de conservação. A cooperação internacional entre governos, ONGs e outras partes interessadas é necessária em todas as vias de migração de uma espécie para que o conhecimento possa ser partilhado e coordenado os esforços de conservação. O quadro jurídico e de coordenação dos instrumentos necessários para tal cooperação é assegurada por acordos ambientais multilaterais, como a Convenção sobre Espécies Migratórias (CMS) e do Acordo sobre as aves aquáticas da África-Eurásia ( AEWA).
em dias reconhecemos que o futuro das aves migratórias é o nosso futuro. Ao conservar e usar nossos recursos naturais de forma sustentável, não só ajudamos essas criaturas maravilhosas em suas viagens espetaculares, como também contribuímos para o nosso próprio bem-estar.
Dia internacional da Diversidade Biológica: lema “Biodiversidade e Turismo Sustentável
Este tema foi escolhido para coincidir com o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
A Biodiversidade constitui uma base importante para muitos aspectos do turismo. O reconhecimento da grande importância para as economias turísticas de paisagens atraentes e uma rica biodiversidade sustenta o argumento político e econômico para a conservação da biodiversidade.
Muitas das questões abordadas no âmbito da Convenção sobre a Diversidade Biológica afetam diretamente o setor do turismo. Um setor turístico bem gerido pode contribuir significativamente para reduzir as ameaças e manter ou aumentar as principais populações de animais selvagens e os valores da biodiversidade através das receitas do turismo.
O turismo está relacionado a muitas das 20 Metas de Aichi para a Biodiversidade. Para algumas metas, trata-se principalmente de assegurar um maior controlo e gestão para reduzir os danos causados à biodiversidade pelo turismo. Para outros trata-se de buscar a contribuição positiva do turismo para a conscientização da biodiversidade, áreas protegidas, restauração de habitats, engajamento da comunidade e mobilização de recursos. Outra dimensão é a melhor integração da biodiversidade e da sustentabilidade nas políticas de desenvolvimento e modelos de negócios que incluem o turismo.
Dia internacional do Ambiente:
O Dia Mundial do Ambiente foi celebrado pela primeira vez em 1972 e tem-se desenvolvido ao longo do tempo para se tornar uma das principais comunicações das Nações Unidas para aumentar a consciência ambiental mundial e incentivar a ação política. É um evento anual que visa incentivar um maior numero de ações ecológicas possíveis e positivas a escala mundial, para chamar a atenção do público para as questões ambientais.
É também uma oportunidade para as pessoas de todas as origens para se reunir e garantir uma perspectiva adequada, mais verde e mais promissora para as gerações futuras.
Dia internacional dos oceanos: lema “Nossos oceanos, nosso futuro”
Oceanos saudáveis são essenciais para a vida na Terra. Eles participam na regulação do clima e fornecem entre outros recursos naturais, alimentos nutritivos e emprego para milhares de pessoas. O oceano cobre 70% do planeta e contém 96% da água superficial da Terra, o resto da água fresca é encontrado no gelo, lagos e rios.
Foco da ação da conservação em 2017 é encorajar soluções para a poluição plástica para um oceano mais saudável e um futuro melhor. Neste contexto para preservar a saúde dos nossos oceanos, precisamos urgentemente conhecer seu status atual e compreender os efeitos que as atividades humanas e as mudanças climáticas têm sobre eles. Se os oceanos parecem imutáveis, agora sabemos que a sua capacidade para suportar as atividades humanas é limitada.
No ano passado, para a adoção do Programa de Desenvolvimento Sustentável no horizonte 2030, os Estados-membros salientaram que a realização dos objetivos de desenvolvimento sustentável não pode ser feito sem oceanos saudáveis e produtivos.
Sendo assim, relembrar a importância dos oceanos na nossa vida, como verdadeiros pulmões do nosso planeta que fornecem a maioria do oxigênio que respiramos; Informar sobre o impacto das ações humanas nos oceanos; desenvolver um movimento mundial em favor dos oceanos; mobilizar e unir a população mundial sobre um projeto de gestão sustentável dos oceanos do nosso planeta, é fundamental.

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