sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

SWISSAID organiza capacitação para os membros do Polo de Competencia em Agricultura Ecologica.

Durante três dias técnicos de deferentes organizações que formam o Poo de competência em AE participam em Canchungo numa formação em "Agricultura Ecológica e os Desafios das Alterações Climáticas".


Formação administrada pelo Mestre em Alterações Climácticas, Garcia Bacar Embalo dividia em VI módulos entre quais: conceitos de agricultura ecológica; Alterações Climáticas, Causas e Consequências de Alterações climáticas na Agricultura, Adaptação, Resiliência, alterações climáticas e o género bem como políticas de mitigação.   


   

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Como falar sobre mudança climática com seus filhos?

Entender as consequências da atividade humana permite que as crianças não se sintam impotentes diante desse cenário

 

 Greta Thunberg é o rosto de uma juventude que exige mudanças. Aos 16 anos e recentemente indicada ao Prêmio Nobel da Paz, a sueca não se intimida ao responsabilizar líderes, governantes e outros cidadãos de gerações anteriores à dela pelo impacto que tiveram e continuam tendo nas variações de temperatura do planeta.

“Você dizem que amam seus filhos acima de tudo, e ainda assim estão roubando o futuro deles bem na frente dos seus olhos,” ela disse em um pronunciamento em dezembro de 2018, durante a COP 24, conferência das Nações Unidas sobre o clima, realizada na Polônia.

Em agosto do mesmo ano, Thunberg parou de ir à escola para acampar em frente ao parlamento sueco com uma placa, que diz: “greve escolar pelo clima.”

Em uma palestra para a série TEDx, ela contextualiza, “Por que devo estar estudando para um futuro que muito em breve não existirá? Se ninguém está fazendo absolutamente qualquer coisa para proteger esse futuro?” Nas palavras da jovem ativista, não faria sentido continuar aprendendo fatos que a sociedade há anos tem ignorado – é necessário agir, já.

Nesse 15 de março, Thunberg mobilizou uma manifestação global de greve estudantil contra a mudança climática. O movimento utiliza hashtags como #FridaysForFuture (SextasPeloFuturo), #SchoolsStrike4Climate (GreveEstudantilPeloClima), #ClimateStrike (GreveDoClima). Com a participação de crianças e jovens de mais de 90 países, fica claro que eles estão preparados para tratar do assunto. Thunberg ouviu falar sobre mudança climática e aquecimento global pela primeira vez aos 8 anos.

Conceitos básicos

O fenômeno da mudança climática, também conhecido como “aquecimento global” ou “efeito estufa”, é muito comentado nas notícias e já afeta a vida de bilhões de seres humanos e não-humanos, como árvores, rios, peixes, abelhas, micróbios, bactérias e cogumelos. Pelo que sabemos, as crianças de hoje irão enfrentar esse desafio durante a vida inteira. Sendo assim, é fundamental que elas sejam incluídas na discussão acerca do tema desde cedo.

O que é mudança climática?

Mudança climática é o processo de aquecimento do nosso planeta. No último século, a temperatura geral do nosso planeta aumentou, aproximadamente, 1 grau Celsius. Se parece pouco, basta tomar como exemplo a temperatura corporal: normalmente ela deve medir 36º C, um grau a mais a deixa febril, e por vezes com mal estar. Ou seja, um grau acima da temperatura média normal já quer dizer que algo não está bem.

O que o efeito estufa significa para o planeta?

O fato de o planeta como um todo estar aquecendo não quer dizer apenas que todos os lugares estarão mais quentes, mas que há implicações e uma série de mudanças imprevisíveis — alguns lugares estão alagando, alguns estão virando desertos, e outros passam até a ter invernos mais frios, por exemplo! Também significa que as chamadas calotas polares, no Polo Sul e no Polo Norte, estão derretendo e fazendo o nível dos oceanos subirem.

Quais as causas do aquecimento global?

A causa disso tudo é a atividade humana: a queima dos chamados combustíveis fósseis (petróleo, gás) para gerar energia libera dióxido de carbono (CO2); a criação de gado para produzir comida (através da emissão de gás metano na atmosfera); e o desflorestamento, pois as árvores absorvem esses gases e, por meio da fotossíntese, liberam oxigênio na atmosfera. O excesso desses gases no ar está provocando o chamado “efeito estufa”, que prende o calor do sol dentro do nosso planeta mais do que seria saudável para a Terra.

Como abordar o assunto?

Comece do pequeno e vá para o grande

As mecânicas do fenômeno podem ser muito complexas para crianças pequenas – e é importante não sobrecarregá-las. Você pode começar pegando uma planta de dentro de casa e explicando como elas “inspiram” os gases que nós “expiramos”, deixando o ar melhor para a gente respirar. Esse é o ciclo básico do carbono, um conceito chave para falar de mudança climática.

Para começar a pensar em uma escala maior, você pode fazer perguntas como: de onde vem a água que sai na torneira em casa? E para onde ela vai quando desce pelo ralo? De onde vem nossa comida? Como ela chega até o mercado?

Por meio dessas perguntas é possível começar a introduzir a noção de que o meio ambiente é tudo o que está ao nosso redor e de que nós estamos conectados por meio de grandes sistemas. Isso quer dizer que se todos fizerem algumas pequenas mudanças um grande impacto seria gerado.

Chame alguém mais velho para conversar

A diferença entre tempo (um dia ensolarado, por exemplo) e clima (o inverno no Canadá ser muito frio, por exemplo), uma distinção entre um período curto e longo, tende a ser difícil para as crianças, já que elas têm poucos anos de vida e pouca base de comparação. Chamar alguém mais velho, como os avós, para conversar com as crianças sobre como o clima mudou desde a época em que eles eram crianças é um jeito mais concreto de aproximá-las dessa noção.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

ADPP/GB organiza atelier no âmbito do “adaptação de sistemas produtivos agrícolas em áreas costeiras do Nordeste da Guiné-Bissau”.

Ministro do ambiente e Biodiversidade Viriato Luís Suares Cassama preside amanha a cerimonia de abertura do encontro de consulta e validação do estudo de pré-viabilidade para apoiar o Desenvolvimento da proposta completa do projeto para submissão ao GREEN Climate Fund.

Encontro organizado pela associação de  ajuda para o Desenvolvimento de Povo para povo, através do seu gabinete nacional.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

As crises sanitária, climática e ecológica estão relacionadas

 “As crises sanitária, climática e ecológica estão intimamente relacionadas e se explicam em boa medida por um sistema capitalista que gira em torno do crescimento econômico constante, em um planeta com recursos finitos, encontrando os limites de suas próprias dinâmicas”, escreve Antón Fernández Piñero, biólogo, em artigo publicado por El Salto, 21-11-2020. A tradução é do Cepat.

A Peste Negra foi uma pandemia que marcou tanto física como espiritualmente o mundo ocidental, na Idade Média. Esta doença estava localizada nos vales do Afeganistão até que a rota da seda e as invasões mongóis favoreceram sua expansão por todo o mundo. As consequências são bem conhecidas. É que a história não só é escrita pelas quedas de impérios, conquistas de novos continentes e invenções tecnológicas, mas também por pandemias globais que atuam revolucionando a mentalidade das sociedades.

De modo análogo à Peste Negra, mas com sete séculos de distância, a pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 está mudando o mundo, embora existam diferenças. O patógeno, por exemplo, não é uma bactéria, mas um vírus e enquanto a peste matou de um terço a metade da população europeia, no século XIV, a atual pandemia é muito menos mortífera, fundamentalmente pelas próprias características biológicas do vírus e pelo desenvolvimento da ciência e da medicina moderna.

No entanto, as duas doenças compartilham o fato de surgir e se expandir como resultado do aumento das interações humanas no globo. As razões estão em um conjunto de fatores derivados de uma economia que comercializa bens e serviços, sem se importar com os custos sociais e ecológicos, desde que seja lucrativo economicamente, mesmo que a longo prazo isto seja paradoxalmente negativo para os mercados.

O Capitaloceno e a urgência da estratégia preventiva

Neste mesmo ano, a IPBES (Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos) elaborou um relatório exaustivo com o trabalho de mais de 150 especialistas e outros 350 colaboradores alertando que futuras pandemias emergirão com maior frequência, proliferarão mais rápido, afetarão mais a economia e serão mais letais que a covid-19, a não ser que haja uma mudança transformadora de enfoque na luta contra as doenças infecciosas, passando da reação à prevenção.

Desde a mal denominada “gripe espanhola” de 1918, seis pandemias se espalharam pelo mundo: três do vírus da gripe, o SIDA, o SARS e o Covid-19. Sua frequência está aumentando. Estimam-se de 631.000 a 827.000 os vírus desconhecidos com capacidade de infectar os humanos. Ao mesmo tempo, os custos econômicos atuais são 100 vezes superiores aos estimados para a estratégia preventiva.

O relatório afirma que somente por meio de uma “mudança transformadora dos fatores econômicos, sociais, políticos e tecnológicos” é possível alcançar os objetivos e as metas de Aichi, fixadas para proteger a biodiversidade e os bens e serviços de importância capital que a natureza nos oferece. Uma das características citadas desta mudança, que se requer urgente, é “a evolução dos sistemas econômicos e financeiros para desenvolver uma economia sustentável em nível mundial, que se distancie das limitações do atual paradigma do crescimento econômico”. Uma mudança de paradigma que está na mesma base da filosofia do modo de produção capitalista.

O Capitaloceno é um conceito proposto para a era geológica atual que surge como resposta ao de Antropoceno, que aponta a atividade humana sem exceção e o crescimento demográfico como responsáveis pela alteração dos ciclos geoquímicos globais. Não obstante, por ser etnocêntrico e injusto, este enfoque foi reformulado por alguns autores que defendem que a responsabilidade na alteração dos ciclos geoquímicos é das atividades humanas sob o sistema de relações socioeconômicas dominante.

A conquista da América permitiu e favoreceu o comércio mundial, robustecendo a burguesia e sua influência econômica e política. As revoluções industriais que se sucederam, a partir de fins do século XVIII, basearam-se no aumento exponencial da demanda por energia fóssil, nas invenções tecnológicas e em uma atitude receptiva em relação à evolução da técnica. O desenvolvimento da civilização moderna acelerou o crescimento da economia global e os impactos do ser humano no meio ambiente, sobretudo a partir da segunda metade do século XX, permitindo um auge demográfico sem precedentes.

Apesar da inegável importância do aumento da população total sobre os recursos limitados do planeta Terra, este não é o fator mais importante, mas a voracidade energética de uns poucos. A proporção do PIB por habitante quase multiplica por dois, nos últimos dois séculos, a proporção de crescimento da população, o que significa que a crise ambiental é consequência do aumento da produção e do consumo por habitante, em vez do aumento populacional.

Um relatório da OXFAM conclui que a mudança climática está indissoluvelmente ligada à desigualdade econômica, porque está baseada nas emissões dos ricos, que afetam e afetarão em maior medida os pobres. Por exemplo, os 10% mais ricos da população mundial emitem 49% das emissões totais de Gases do Efeito Estufa, ao passo que os 50% da população mundial mais pobres emitem apenas 10% do total.

A importância de se ter ecossistemas sadios

A causa-efeito entre a destruição dos ecossistemas e a propagação de novas doenças é evidente. É o que afirmam as principais organizações internacionais dedicadas a seu estudo. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) publicou recentemente um relatório que avalia o estado das matas em nível global, a cada dez anos. Destaca que a extensão total das matas está diminuindo a um ritmo de 10 milhões de hectares por ano e que, desde 1990, desapareceram 420 milhões de hectares. Atualmente, ocupam 4,06 bilhões de hectares, ou seja, 31% da superfície terrestre.

Embora o ritmo de desmatamento esteja diminuindo desde 1990, são principalmente as matas nativas dos trópicos, que acumulam a maior parte da biodiversidade terrestre, que estão sendo dizimadas.

A agricultura industrial é o fator mais importante de tal desmatamento devido principalmente aos cultivos de alimentos para o gado, sintoma da necessidade de se mudar os sistemas alimentares atuais. A agricultura local de subsistência, a urbanização, a construção de infraestruturas e a mineração são as outras causas mais importantes do desmatamento.

Neste contexto, a conservação dos ecossistemas, e mais concretamente das matas nativas, se apresenta vital porque oferecem bens e serviços de um valor incalculável. Alguns de uso direto, como alimentos, fármacos e energia, e outros de uso indireto, talvez mais intangíveis, mas importantíssimos em nível global, como a purificação da água, o controle da erosão e o controle das pragas e doenças.

A biodiversidade atua controlando diversas pragas e doenças por meio de um efeito de diluição e de corta-fogo. Quando muitas espécies convivem em um ecossistema, a probabilidade de que um patógeno infecte uma espécie em concreto é menor. Além disso, o patógeno pode ver bloqueado seu desenvolvimento ao se hospedar em certas espécies onde não é capaz de se reproduzir.

As redes tróficas também equilibram a expansão exagerada de certas espécies. Ou seja, quando há muitos indivíduos de uma espécie, outras equilibram a balança, depredando-a ou parasitando-a. Isto é especialmente importante quando uma determinada espécie possui uma alta carga viral (quantidade de partícula viral que pode estar presente no sangue de uma espécie) que varia de uma espécie para outra.

Outro fator muito importante é que muitas vezes as espécies que atuam como reservatórios de vírus são generalistas, podendo se desenvolver e sobreviver em diversas condições ambientais. Desta maneira, os patógenos são regulados por um complexo equilíbrio de interações entre diferentes espécies.

No entanto, a transmissão de uma doença animal a um humano (zoonose) é favorecida quando um ecossistema é afetado por algum tipo de perturbação, como o corte de uma mata ou um incêndio, porque este equilíbrio se vê alterado. A consequência direta é o surgimento de doenças emergentes e reemergentes, em sua maioria de origem animal e potencialmente zoonóticas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 75% das novas doenças humanas são de origem animal. Exemplos disto são a covid-19, a febre do Nilo Ocidental, a SARS de 2002 e uma longa lista de outras doenças.

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A globalização provocou um enorme aumento na velocidade e no volume do tráfego de mercadorias e de viajantes, mas também de patógenos e de seus hóspedes animais

O contrabando de animais é um negócio que movimentou, em 2019, 107 bilhões de euros e 24% das espécies de vertebrados, representando uma das principais causas da perda de biodiversidade em nível global, já que este mercado se retroalimenta com o desmatamento. A tendência global de urbanização, assim como sua expansão em detrimento das matas, aumenta não só a probabilidade de contagiar e ser contagiado, como também a exposição aos animais selvagens. A receita perfeita para uma pandemia global.

Longe de teorias conspiratórias sobre a criação artificial de uma arma biológica em forma de vírus, que não se sustentam, no sudeste asiático, todos estes fatores seguem atuando conjuntamente, há muito tempo, e posicionam um mercado de animais vivos como o cenário mais provável onde ocorreu a primeira infecção por SARS-CoV-2. Por que estas teorias não se sustentam? Dito de um modo popular, porque a natureza é mais velha que a ciência, o que significa que também é mais inteligente.

Segundo um estudo científico que discute as diferentes hipóteses sobre a origem do vírus, “é improvável que o SARS-CoV-2 tenha nascido de uma manipulação, em um laboratório, de um coronavírus causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave”, porque a proteína do vírus que se une a um receptor celular humano está otimizada de tal modo que nem sequer pode ser prevista pelas simulações informáticas que recriam todas as possíveis modificações genéticas que poderiam ser realizadas para fabricá-la.

Sendo assim, as hipóteses mais plausíveis se baseiam na seleção natural do vírus. De um ou de vários hóspedes animais prévios à zoonose ou da seleção natural do vírus em humanos. Existe evidência de que seus hospedeiros primários são morcegos, já que estes constituem um reservatório natural de uma grande variedade de coronavírus. Ao sequenciar o genoma do morcego Rhinolophus affinis, descobriu-se um coronavírus que é 96,2% semelhante geneticamente ao SARS-CoV-2 (causador da Covid-19) e 80% semelhante ao SARS-CoV que provocou a epidemia de 2002 na China.

No Mercado de Huanan, em Wuhan (China), eram vendidos animais selvagens vivos (entre eles os morcegos) e em alguns casos exóticos, razão pela qual é muito provável que pudessem afetar outros animais no processo para acabar saltando aos humanos.

Outro fato que apoia esta hipótese é que o estresse sofrido por estes animais aumenta a probabilidade de adoecer e transmitir a doença, ao se fragilizar seu sistema imune. Até agora não é possível reconstruir 100% a história, mas entre os hóspedes intermediários estimados como possibilidades estão as serpentes e os pangolins.

Em definitivo, as crises sanitária, climática e ecológica estão intimamente relacionadas e se explicam em boa medida por um sistema capitalista que gira em torno do crescimento econômico constante, em um planeta com recursos finitos, encontrando os limites de suas próprias dinâmicas.

Parece existir um paralelismo com a pandemia da Peste Negra, mas, neste caso, a mudança de mentalidade deve resultar em um maior respeito à natureza. A Terra está enviando sinais para mudar nossa maneira de nos relacionarmos com ela.

fonte:

EcoDebate

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

"Sairemos todos a ganhar se o projecto conseguir fazer prevalecer o conceito de sustentabilidade na verdadeira dimensão desta palavra"- Justino Biai.

 


Em representação do Ministério do Ambiente e Biodiversidade
 o Diretor Geral do IBAP, asseguraou que "Só sairemos todos a ganhar se a intervenção do projecto for direcionada no sentido de todos se envolverem no lançamento de atividades económicas que propiciem a criação de postos de trabalho e, concomitantemente, de riqueza para todos. pelo que exortamos que no decurso da implementação deste projecto seja observada uma linha de base e na qual poderemos avaliar os progressos decorrentes de uma partilha equitativa dos benefícios de uma exploração sustentável e justa".

Biai falava ontem 1/12/2020, na cerimonia de lançamento do projecto de reforço jurídico-institucional e das capacidades dos actores para uma exploração mineira transparente, equitativa e sustentável encabeçado pela SWISSAID e UICN e implementado pelo Grupo de trabalho de Petróleo e Industrias Extrativas.

Segundo o chefe do Instituto da Biodiversidade e das áreas Protegidas Várias experiencias tanto a nível do continente africano como a nível de outros quadrantes demonstraram que a exploração mineira mal planificada e deficientemente executada, em vez de servir e contribuir para a satisfação das necessidades das populações locais, foram efetuadas no desinteresse destas, gerando, em muitas ocasiões, conflitos ate mesmo sangrentos.

A isso acresce a crescente preocupação com a integridade e com o equilíbrio ambiental das zonas em que serão desenvolvidas essas atividade de exploração mineira, razão pela qual devemos reiterar o nosso desejo de ver satisfeitas todas as exigências de conformidade ambiental, alias, aspeto transcendente e que decorre da lei de bases do ambiente e também da lei n. 10/2010 sobre a avaliação ambiental.

Todo esse processo de exploração mineira que se pretende transparente, interpela-nos, com toda a seriedade e responsabilidade, pois, ela ocorrera, em muitos casos, na tao frágil e vulnerável zona costeira e na qual os riscos climáticos são eminentes.

Dai resultam toda nossa atenção e interesse pela observância do plasmado nos instrumentos jurídicos a que fizemos referencia no ponto anterior.

o representante do MAB foi mais longe encorajando a efectiva implementação deste projecto e que ela sirva, de facto, ao reforço da capacidade juridico-institicional, espaço de partilha de informações sobre boas praticas, que proporcionem um diálogo inclusivo e sensibilização de todos os atores a bem de uma exploração mineira transparente, equitativa e sustentável.