quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Gabão acolhe a 3ª Conferência Inter-ministerial sobre a Saúde e o Meio Ambiente

Libreville palco africano de tomada de medidas necessárias para estimular sinergias entre sectores de saúde e ambiente de 6 a 9 de Novembro. 


Volvidos dez anos depois da histórica adopção da Declaração de Libreville pelos Ministros de Saúde e do Ambiente que instaram os Governos a tomarem medidas necessárias para estimular sinergias entre os sectores de saúde e do meio ambiente, mais de 350 delegados, incluindo Ministros Africanos da Saúde e Meio Ambiente e das Finanças, representantes de organizações políticas e económicas regionais, agências multilaterais, doadores, académicos e instituições científicos, sociedade civil e sector privado, irão examinar os progressos realizados e os desafios que impedem o aumento de iniciativas bem-sucedidas no quadro da promoção da saúde e do meio ambiente. 

Organizado conjuntamente pela OMS e a ONU para o Meio Ambiente, a Conferência visa estimular políticas e investimentos relacionados aos vínculos entre os sectores de saúde e do meio ambiente, a adotar um plano estratégico de ação e identificar novas ameaças no contexto da segurança sanitária mundial.
A conferência incluirá uma reunião de especialistas a ser realizada em 6 e 7 de Novembro de 2018 e uma sessão ministerial a ser realizada em 8 e 9 de Novembro.
No continente africano, 23% das mortes prematuras são atribuídas a causas ambientais e esta percentagem constitui a maior taxa per capita (por 100.000 habitantes) em todas as regiões do mundo. Enquanto o continente africano luta há muito tempo para que as populações tenham o acesso a água potável, para a melhoria do inadequado saneamento básico e precária infraestrutura, novas ameaças ambientais surgiram, incluindo a mudança climática e a urbanização rápida e não planificada. Estes dados são evidências que mostram que as mortes relacionadas ao meio ambiente têm vindo a aumentar ultimamente e que portanto, torna-se mais do que nunca vital, elaborar uma abordagem integrada entre a saúde e o meio ambiente na região africana da OMS.
A Guiné-Bissau, enquanto país africano com todas as suas dificuldades, não foge à regra. Embora não existam percentagens numéricas que ilustram as evidências devido às dificuldades de ordem material com que as instituições públicas se depararam, a crónica e paupérrimo situação do saneamento básico associada  à falta de chuvas e o aumento de temperaturas devido à devastação das florestas que ultimamente se tem assistido, assim como a poluição do ar, constituem ameaças sérias à saúde pública. O país apesar de ter aderido a organizações regionais, continentais e mundiais que gerem as questões relacionadas com a saúde e o meio ambiente, incluindo a adopção de políticas que promovam a saúde e o meio ambiente, carece de recursos materiais suficientes para a implementação, daí que o tema é de extrema importância para a Guiné-Bissau.

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