Segundo uma nota da Organizaçao/Manifesto da sociedade civil para a reuniao dos Ministros de ambiente da CPLP que a redaçao de O Ambiente GB teve acesso, a rede lusofona de educaçao ambiental insiste que "seja reconhecida a importância da Educação Ambiental para a Emergência Climática e a necessidade urgente de incorporá-la de forma relevante e significativa em todos os níveis de educação e ensino, e em iniciativas de educação comunitária".
- Reforço da Educação Ambiental através do investimento com recursos públicos, capazes de responder ao desafio de promover mudanças nas sociedades e estabelecer compromissos coletivos que promovam o bem viver e valorizem os bens comuns, com vista à implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030 e mais além;
- Reforço da cooperação por meio da transferência de recursos e competências humanas, logísticas e científicas relativas à Educação Ambiental no seio e entre os países da CPLP;
- Capacitação de pessoas para a empregabilidade e empreendedorismo ambientais que promovam práticas ecologicamente responsáveis e socialmente justas;
- Promoção de valores comprometidos com a continuidade da trajetória dos sapiens na Terra, em diálogo e respeito às demais espécies e sistemas de suporte à vida.
Apela-se à disponibilidade para acolher, com apreço, o documento técnico “Sistema de Indicadores para avaliação e monitorização das políticas públicas de Educação Ambiental nos Estados Membros da CPLP”, preparado pelo Grupo de Trabalho multiactores dinamizado pela RedeLuso. Tal sistema deve considerar as diferentes realidades políticas, culturais e socioeconómicas de cada um dos países, a fim de respeitar todas as diferenças nos processos de elaboração, implementação, execução, avaliação e prorrogação das Estratégias / Programas Nacionais de Educação Ambiental; Apela-se à disponibilidade para a criação de um programa de Mobilidade de investigadores e professores do Ensino superior, iniciando a elaboração de uma agenda colaborativa de investigação lusófona que permita partilhar metodologias, marcos teóricos, conhecimentos e processos de construção interdisciplinar e transcultural do conhecimento entre os investigadores e investigadoras da EA.
Apela-se que, em resultado do Ano da Juventude e Sustentabilidade da CPLP, seja reconhecida necessidade de criação de um Conselho Consultivo da Juventude, enquanto próximas gerações de líderes ambientais da CPLP, que possa contribuir à participação ativa e no diálogo sobre os desafios climáticos, com o objetivo de contribuir para a formulação de políticas públicas que respondam às necessidades e aspirações da juventude da comunidade lusófona.
Apela-se à criação de um espaço, na grelha da televisão pública, dedicado exclusivamente a temáticas relacionadas com os desafios climáticos e o papel das próximas gerações de líderes ambientais, com conteúdo educativo, inspirador e interativo, enquanto ferramenta poderosa para impulsionar mudanças de comportamento e fortalecer a consciência ecológica nos Estados membros da CPLP.
Recomenda-se a criação de um Grupo de Trabalho Temporário destinado à elaboração e ao fomento de inquéritos para perceber qual é o nível de literacia dos jovens sobre políticas ambientais no âmbito dos desafios climáticos e sobre a cultura democrática nos Estados Membros. Após esta recolha de dados, produzir-se-ia um relatório final com as conclusões e respetivo plano de ação.
o manifesto assinado pelos coordenadores da organizaçao Joaquim Ramos Pinto (coordenador) e Marília Andrade Torales (Coordenadora Adjunta) conclui recomendando que a X Reunião de Ministros do Ambiente da CPLP reafirme o seu compromisso de continuar a trabalhar em estreita colaboração com a REDELUSO e outras organizações juvenis na CPLP, para garantir que a voz das novas gerações possam ter eco nos mais altos fóruns de decisão política.
fotos de site de CPLP