Incineração de Redes de Monofilamento pelo FISCAP Gera Insatisfação entre Pescadores
Ação Nacional Visa Preservar Recursos Marinhos
Em uma medida rigorosa para preservar os recursos marinhos e combater a pesca predatória, o Ministério das Pescas, através do Instituto Nacional da Fiscalização e Controlo das Actividades Pesqueiras (FISCAP), fez, de 27 de janeiro a 3 de março de 2025, uma operação nacional de apreensão e incineração das redes de monofilamento. Este material, amplamente utilizado pelos pescadores locais, é considerado prejudicial ao ecossistema aquático devido à sua durabilidade e à capacidade de causar danos significativos à vida marinha.Segundo o inspector do FISCAP, João Carlos da Costa, "essas redes são extremamente prejudiciais ao ecossistema aquático, pois não se decompõem facilmente e acabam capturando e matando uma grande quantidade de peixes e outras formas de vida marinha."
Reação dos Pescadores
No entanto, a medida foi recebida com insatisfação entre os pescadores e proprietários de embarcações. Eles argumentam que, sem redes alternativas disponíveis no mercado, suas atividades de pesca serão severamente prejudicadas. Um pescador local, que preferiu não se identificar, afirmou: "Nós entendemos a necessidade de proteger o meio ambiente, mas sem uma alternativa viável, estamos sendo forçados a interromper nossa principal fonte de sustento."
Falta de Alternativas
Até o momento, as autoridades não anunciaram um plano para fornecer redes alternativas aos pescadores, deixando a comunidade pesqueira em uma situação precária. A falta de opções no mercado nacional é uma realidade que não pode ser ignorada, e os pescadores continuam buscando meios para manter suas operações em meio a esta crise.
Contexto Legal
Vale lembrar que o uso de redes de monofilamento na pesca artesanal foi proibido no país desde 2011, através do Decreto n° 24, de 7 de junho. Além disso, a Comissão Sub-Regional da Pesca para África também adotou princípios semelhantes para a interdição do uso dessas redes, devido aos danos que elas causam à vida marinha.
A comunidade pesqueira agora aguarda ansiosamente por uma solução por parte das autoridades, que permita a continuidade de suas atividades de forma sustentável e em conformidade com as normas ambientais.
Por Mamadi Indjai
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