A Guiné-Bissau foi o único país africano que em 2015, na 21ª COP da CQNUAC realizada em Paris, se associou aos países da América Latina na nobre iniciativa em prol da conservação do património florestal e na luta contra o aquecimento global, aonde foi adotado o Acordo de Paris sobre o novo regime climático.
presente na cerimonia Vriato Cassama começou por dizer: "É para mim uma honra, na qualidade de Ministro do Ambiente e Biodiversidade, dirigir algumas palavras neste ato solene de Lançamento da Campanha Nacional de Repovoamento Florestal 2021/2022.
Este acto nobre tem muito significado;
Nobre porque espelha a necessidade de todo um esforço a ser feito na Guiné-Bissau para restaurar os ecossistemas florestais degradados, acto que se inscreve na senda da conservação do nosso património florestal, enquanto recurso biológico tão importante para a nossa vida quotidiana, com inúmeras utilidades para a nossa vida quotidiana, a salientar: · na farmacopeia; · como fonte principal de energia doméstica; · na alimentação; · enquanto sumidouro nato de carbono, entre outras.
Se tomarmos em conta a definição das Florestas no âmbito do Protocolo de Quioto e da Emenda de Doha que são adendas da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, a Guiné-Bissau é toda ela florestal, o que constitui uma vantagem comparativa do nosso país nas negociações internacionais do clima no âmbito desta Convenção. É com certeza a nossa “ponta de lança” no cumprimento do Acordo de Paris.
Por ser um país florestal, o nosso país foi membro fundador do Centro Internacional para a Implementação de REDD + (a ICIREDD) que é um Centro Internacional para a obtenção de reduções de emissões evitando a desflorestação e degradação florestal."No nosso país, os recursos florestais são um bem precioso, tão precioso que são, pois, eles se transformaram numa alavanca para o desenvolvimento social, criação de riqueza e o bem-estar aliados à satisfação dessas necessidades básicas que mencionei." disse ministro do Ambiente e Biodiversidade, tendo informado que "é, pois, um imperativo inadiável que, a breve trecho, os valores dos recursos florestais sejam integrados nas estratégias nacionais e locais de desenvolvimento, de redução da pobreza e nos procedimentos de planeamento e incorporados nas contas nacionais. Este propósito vem, cada vez mais, ganhando corpo com a vigência do (Projecto de Reforço das Capacidades de Valoração de Recursos Naturais para uma Planificação e Tomada de Decisões Melhor Informadas para conservar o Ambiente Global)”.
segundo ele, é com prazer que regista com toda a atenção a necessidade de se criar com celeridade a Célula responsável pelo seguimento e avaliação da implementação da Estratégia e Plano de Ação Nacional para a Diversidade Biológica. Neste particular, a componente florestal é, deveras, importante.
lembra que "devemos ainda trabalhar em sinergia com o Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural no processo de levantamento parcial da moratória, pois os nossos recursos florestais devem ser exploradas de uma forma sustentável e em prol da sua valoração económica, visando assim o fortalecimento de cadeias de valores de todos os atores dependentes destes recursos para a redução de pobreza. Perante essas evidências, é dever e obrigação do Ministério que dirijo agir em perfeita colaboração com todas as instituições estatais, tanto a nível central como à escala regional, para acarinharmos esta iniciativa de repovoamento florestal aliás, é o que justifica a minha presença nesta cerimónia.
Afirma por ultimo que assim
e só assim é que poderemos consolidar os esforços empreendidos na conservação
dos recursos florestais e trazer um legado no porvir a bem das gerações
presentes e futuras.
Sem comentários:
Enviar um comentário