quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

As zonas humidas da Guiné estao ameaçadas- Alfredo Simoes Da Silva-IBAP

 
O Parque Europa – Lagoa N' Batonha acolheu hoje a cerimónia de celebração do dia Internacional das Zonas Húmidas.
A União Europeia e entidades como a IBAP, ONG Monte, Gabinete de Planificação Costeira e a Câmara Municipal de Bissau, entre outras, apelam à protecção destas áreas tendo em conta o seu papel de redução dos riscos de catástrofes, tais como secas, ciclones tropicais e inundações.
Falando no acto o director do IBAP Instituto da Biodiversidade e das áreas protegidas Alfredo Simões da Silva
As zonas húmidas constituem um património natural e um recurso vital para a humanidade. Ela deve ser considerada como um factor de desenvolvimento. As zonas húmidas são essenciais para a vida humana e tem um papel crucial a desempenhar no desenvolvimento sustentável e na erradicação da pobreza.
As zonas húmidas são ecossistemas altamente produtivos e ricos em biodiversidade, designadamente, bolanhas, lagos e lagoas, lalas, cursos de águas, rios, mangais, só para citar algumas. Elas proporcionam também enormes benefícios para as comunidades e constituem habitat importante para uma grande variedade de espécies. Os serviços ecossistémicos das zonas húmidas são essências para sobrevivência humana. 
O responsavel lembra que a Guiné-Bissau, desde 1990, é parte signatária da Convenção de Ramsar que protege as zonas húmidas de importante internacional. Nesta altura, o governo solicitou a classificação da Lagoa de Cufada como o primeiro sítio de importância internacional por reunir os requisitos necessários para a obtenção deste timbre, nomeadamente:

·       por receber mais 1% dos pelicanos branco existe no mundo

·       por ser maior reserva de água doce do país e da Região de Quinará;
·       por jogar um importante papel na segurança alimentar das comunidades residentes; e
·       por ser um elemento de resiliência as mudanças  climáticas

Neste âmbito, o País fez progressos importantes na preservação das nas zonas húmidas, classificando em 2014 e 2015 mais três sítios nacionais de importância internacional, a saber:
        Reserva da Biosfera no Arquipélago dos Bijagós;
        O Parque Natural dos “Tarrafes” do Rio Cacheu; e
        A Lagoa de Wendu Tcham, no Parque Nacional de Boé

para Da Silva As Zonas húmidas da Guiné-Bissau estão ameaçadas, estes factos podem ser constatadas na periferia da cidade e sobretudo na nova estrada de volta de Bissau. Os sítios utilizados recentemente para a produção de arroz, hortaliças, plantação de cana de aguçar e outras culturas, estão sendo aterrados e transformados em assentos humanos e zonas de grandes armazéns, contribuído assim directamente na inundação e consequentemente na erosão dos solos.
O lema deste ano, “as zonas húmidas para a redução dos riscos e de catástrofes” vem responder exactamente esta preocupação.
O Parque de N’Bantonha ilustrar esta realidade. Uma zona húmida no centro da cidade de Bissau que outra hora tinha a função de retenção de água de chuvas que vem de a montante da parte norte desta Cidade, mas de alguns anos a esta parte, o Parque deixou de jogar este papel ecológico e como consequência a parte baixa da Cidade e precisamente nesta zona no período da chuva acaba por ficar debaixo da água.
Este sítio, é uma esponja natural. A recuperação e restauração da função ecológica do Parque de N’Batonha irá minimizar ou reduzir de que maneira os riscos de catástrofes extremos.
O papel das zonas húmidas é reconhecido na Agenda de 2030 e nos seus Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, particularmente no Objectivo 6 sobre a água, o Objectivo 14 sobre os oceanos e costas, e o Objectivo 15 sobre os recursos terrestres
Biodiversidade e ecossistemas. Muitos dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável indicam a necessidade de salvaguardar as zonas húmidas e os ecossistemas como uma estratégia vital para um mundo sustentável e seguro.
Porem, a Guiné-Bissau fez progressos importantes para cumprir com a meta 11 do Plano Estratégico de Aichi-Nagoya, sobre a conservação da biodiversidade 2011-2020 que fixa a taxa de cobertura das unidades de conservação em 17% para as áreas protegidas terrestres e águas interiores e em 10% para as áreas marinhas protegidas. Este plano estratégico está exactamente em consonância com o objectivo 15 do Desenvolvimento Sustentável.
Neste capítulo, o país já classificou 26,3% do seu território em áreas protegidas dos quais 12,4% são áreas marinhas protegidas e 13,9% áreas protegidas terrestes. Isto quer dizer que a Guiné-Bissau cumpriu uma parte da meta 11 relativamente as áreas marinhas protegidas e faltando a penas 3,1% para cumprir com a parte das áreas protegidas terrestres e águas interiores.
Apesar do esforço consentido neste domínio, o Parque Natural das Lagoas de Cufada, uma das zonas húmidas de importância internacional, a maior reserva de água doce do país, está ameaçado com a construção de uma central eléctrica dentro dos seus limites, cujos impactos imprevisíveis poderão aparecer no curto espaço de tempo e pondo em perigo a própria existente dessa área protegida. neste sentido Alfredo denuncia que a construção dessa central eléctrica viola de que maneira as 6 leis da República da Guiné-Bissau, a saber
·       A lei da terra
·       A lei base do ambiente
·       A lei-quadro das áreas protegidas
·       A lei de avaliação ambiental
·       A lei florestal
·       O decreto de criação do Parque Natural das Lagoas de Cufada.

no entender do conservador, a questão não pode ser considerada como um “facto consumado”, o IBAP entende que as leis da Republica devem ser cumpridas, alguma pessoa concedeu o espaço, e autorizou a execução da obra. Essa pessoa deve ser responsabilizada.
E espera confiantes numa solução sabia por parte do Governo da Guiné-Bissau onde preocupações de todas as partes estarão salvaguardadas. 
quem também se alinhou com o Alfredo foram os Ministros do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e o do administração do Território, Sirifo Embalo e Sola NKlim Na bitchita respectivamente.  
Serifo Embalo
   
Sola Nklim
 O dois foram unânimes em preservar as zonas húmidas, pelas suas vantagem. O sola deu mesmo exemplos da industrialização na agricultura as suas consequências.


presente no acto Victor Madeira Dos Santos responsável da delegação da União Europeia alertou sobre o falso Desenvolvimento, tendo apelado que se para com tais.
Vitor Madeira Dos Santo
A Guiné-Bissau hospeda uma Zona Húmida de importância internacional, nomeadamente na área do Parque Nacional das Lagoas de Cufada, área protegida nacional que constitui a maior reserva de água doce do país, com grande valor ecológico e humano para as populações da área e do país. As áreas protegidas são submetidas a fortes pressões para a exploração de seus recursos, por isto a União Europeia apoia a protecção da biodiversidade e do uso sustentável dos recursos naturais através de parceiros como IBAP, Monte, Tiniguena, AD entre outros, e exorta as autoridades a respeitar os compromissos nacionais e internacionais sobre a protecção ambiental, para o bem das populações do país. 
também se juntou a iniciativa e a causa o representante da UICN Nelsom Gomes Dias.

A Guiné-Bissau Ratificou a convenção Ramsar no ano 1988, mas só em 2002 começou a celebrar a data com ajuda dos parceiros.
                                                 







aspecto da cerimonia

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