domingo, 16 de fevereiro de 2025

São necessárias medidas políticas capazes de estimular e promover a transformação comportamental na base da cultura de sustentabilidade ambiental-Redeluso

Segundo uma nota da Organizaçao/Manifesto da sociedade civil para a reuniao dos Ministros de ambiente da CPLP que a redaçao de O Ambiente GB teve acesso, a rede lusofona de educaçao ambiental insiste que "seja reconhecida a importância da Educação Ambiental para a Emergência Climática e a necessidade urgente de incorporá-la de forma relevante e significativa em todos os níveis de educação e ensino, e em iniciativas de educação comunitária".

Aos Pontos Focais de Ambiente, Ministros de Ambiente na X Reunião de Ministos do Ambiente da CPLP e aos Chefes de Estado e Governo dos Países da CPLP foram alertados para a urgência de agirem através de medidas que possam ampliar a capacidade social e educativa de consciencializar todas as gerações por meios da partilha contínua de vivências e conhecimentos, considerando a necessidade comum de combater os efeitos das alterações climáticas, de âmbito local, nacional, regional e internacional.

No mesmo manifesto pode-se ler: Reconhecer a necessidade de implementação de processos educativo-ambientais comprometidos com profundas mudanças culturais e éticas, que possibilitem a transição ecológica para sociedades ambientalmente responsáveis e socialmente justas, envidando esforços para: - Inclusão da Educação Ambiental no processo de formação e conscientização da cidadania, materializado em compromissos das agendas políticas para ajudar a estabelecer e implementar políticas públicas de Educação Ambiental;

- Reforço da Educação Ambiental através do investimento com recursos públicos, capazes de responder ao desafio de promover mudanças nas sociedades e estabelecer compromissos coletivos que promovam o bem viver e valorizem os bens comuns, com vista à implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030 e mais além; 

- Reforço da cooperação por meio da transferência de recursos e competências humanas, logísticas e científicas relativas à Educação Ambiental no seio e entre os países da CPLP;

- Capacitação de pessoas para a empregabilidade e empreendedorismo ambientais que promovam práticas ecologicamente responsáveis e socialmente justas;

- Promoção de valores comprometidos com a continuidade da trajetória dos sapiens na Terra, em diálogo e respeito às demais espécies e sistemas de suporte à vida.

Apela-se que seja reconhecida a importância da Educação Ambiental para a Emergência Climática e a necessidade urgente de incorporá-la de forma relevante e significativa em todos os níveis de educação e ensino, e em iniciativas de educação comunitária; Apela-se que seja reconhecida a pertinência de se avançar no processo de fortalecimento das políticas públicas de Educação Ambiental nos países e comunidades de Língua Portuguesa e acelerar a elaboração e implementação de Estratégias / Programas Nacionais de Educação Ambiental; Apela-se à necessidade dos Estados da CPLP assumirem a liderança na defesa da importância do papel da Educação Ambiental e que possa estar refletida nos documentos de acordos internacionais, como resposta na luta contra as alterações climáticas e no cumprimento do Acordo de Paris (2015); e, em particular, que sejam desenvolvidos esforços diplomáticos para que a CPLP possa defender que as COP da Biodiversidade integrem a Educação Ambiental nos acordos desse campo; e que a COP30 possa integrar a Educação Ambiental como um item crucial da agenda da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC). Apela-se à disponibilidade para acolher o documento técnico de “Fundamentos e Propostas para integração da Educação Ambiental na agenda da COP30 - Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas”, a preparar pelo Grupo de Trabalho multiatores dinamizado pela RedeLuso.

Apela-se à disponibilidade para acolher, com apreço, o documento técnico “Sistema de Indicadores para avaliação e monitorização das políticas públicas de Educação Ambiental nos Estados Membros da CPLP”, preparado pelo Grupo de Trabalho multiactores dinamizado pela RedeLuso. Tal sistema deve considerar as diferentes realidades políticas, culturais e socioeconómicas de cada um dos países, a fim de respeitar todas as diferenças nos processos de elaboração, implementação, execução, avaliação e prorrogação das Estratégias / Programas Nacionais de Educação Ambiental; Apela-se à disponibilidade para a criação de um programa de Mobilidade de investigadores e professores do Ensino superior, iniciando a elaboração de uma agenda colaborativa de investigação lusófona que permita partilhar metodologias, marcos teóricos, conhecimentos e processos de construção interdisciplinar e transcultural do conhecimento entre os investigadores e investigadoras da EA.

Apela-se que, em resultado do Ano da Juventude e Sustentabilidade da CPLP, seja reconhecida necessidade de criação de um Conselho Consultivo da Juventude, enquanto próximas gerações de líderes ambientais da CPLP, que possa contribuir à participação ativa e no diálogo sobre os desafios climáticos, com o objetivo de contribuir para a formulação de políticas públicas que respondam às necessidades e aspirações da juventude da comunidade lusófona.

Apela-se à criação de um espaço, na grelha da televisão pública, dedicado exclusivamente a temáticas relacionadas com os desafios climáticos e o papel das próximas gerações de líderes ambientais, com conteúdo educativo, inspirador e interativo, enquanto ferramenta poderosa para impulsionar mudanças de comportamento e fortalecer a consciência ecológica nos Estados membros da CPLP.

Recomenda-se a criação de um Grupo de Trabalho Temporário destinado à elaboração e ao fomento de inquéritos para perceber qual é o nível de literacia dos jovens sobre políticas ambientais no âmbito dos desafios climáticos e sobre a cultura democrática nos Estados Membros. Após esta recolha de dados, produzir-se-ia um relatório final com as conclusões e respetivo plano de ação.

o manifesto assinado pelos coordenadores da organizaçao Joaquim Ramos Pinto (coordenador) e Marília Andrade Torales (Coordenadora Adjunta) conclui recomendando que a X Reunião de Ministros do Ambiente da CPLP reafirme o seu compromisso de continuar a trabalhar em estreita colaboração com a REDELUSO e outras organizações juvenis na CPLP, para garantir que a voz das novas gerações possam ter eco nos mais altos fóruns de decisão política.


fotos de site de CPLP


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

União Africana de Radiodifusão, AUB se compromete a expandir grupo de jornalistas climáticos na África

O Diretor Geral da União Africana de Radiodifusão, AUB, Sr. Grégoire Ndjaka, diz que a AUB está comprometida em ampliar a cobertura das mudanças climáticas e da redução do risco de desastres no continente africano, capacitando mais jornalistas, especialmente em organizações de mídia de radiodifusão em todo o continente.

Falando sobre os resultados esperados da próxima 2ª Cúpula de Mídia da AUB sobre Mudanças Climáticas, programada para 13 a 14 de fevereiro de 2025 em Dacar, Senegal, o Sr. Ndjaka disse que o sindicato continuará a capacitar jornalistas na África para promover ações climáticas, considerando os efeitos adversos que a crise climática está tendo nos países do continente – destruindo meios de subsistência, alimentando conflitos comunitários por recursos escassos e resultando na perda de vidas.

A Cúpula da Mídia sobre Mudanças Climáticas, que é um produto da Iniciativa de Salvamento de Vidas da Mídia da União Africana de Radiodifusão, AUB e do Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres, UNDRR, ele observa, está pronta para defender políticas que priorizem a comunicação climática, ao mesmo tempo em que envolve executivos da mídia para dedicar mais recursos e criar espaços seguros para reportagens sobre clima e desastres.

Mais de 200 delegados de vários países da África e de outros lugares, bem como do país anfitrião, o Senegal, participarão desta cúpula para definir caminhos para uma comunicação eficaz sobre clima e desastres.

O evento é organizado pelo Ministério do Meio Ambiente do Senegal e pela Rádio e Televisão do Senegal, RTS.

Ass: Miguel Lima 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Alcançando a última milha: Rádio para a Acção Climática é tema para a 2ª Cimeira dos Meios de Comunicação Social da AUB.

13 e 14 de fevereiro em curso é data escolhida para a 2ª Cimeira dos Meios de Comunicação Social da AUB sobre Alterações Climáticas e Redução do Risco de Desastres a acontecer em Dakar capital  Senegalesa por ocasião do Dia Mundial da Rádio.

Encontro internacional, organizado pela União Africana de Radiodifusão (AUB) e pelo Gabinete das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR) e pela Rádio Televisão Senegalesa (RTS) reunirá jornalistas, especialistas, climatologistas ambientalistas, decisores políticos e representantes da sociedade civil para discutir o papel crucial da rádio na luta contra as alterações climáticas.

Cimeira irá explorar os meios para fortalecer o uso da rádio como ferramenta de sensibilização, educação e mobilização para lidar com os desafios climáticos.


 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Discutido e aprovado a Estratégia Nacional de Educaçao ambiental.

A Guiné-Bissau, com sua extensa rede hidrográfica e rica biodiversidade marinha, enfrenta um desafio ambiental sem precedentes: a poluição. A combinação de fatores como o descarte inadequado de resíduos, a atividade industrial e a agricultura intensiva está comprometendo a saúde dos oceanos e a qualidade de vida da população.

Para minimizar os impactos atraves de educaçao ambiental é necessario haver uma estratégia, nesse sentido foi hoje apresentado, discutido e aprovado num atelier a decorer nas instalaçoes do Instituto da Biodiversidade e das Areas Protegidas-Dr. Alfredo Simao da Silva, o documento estrategico do país para a educaçao ambiental.

Presidiu a cerimonia de abertura o Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Açao Climatica Vriato L. Soares Cassama acompanhado do presidente da Rede Luso Guiné-Bissau (organismo de Educaçao ambiental dos países de CPLP+Galisa) Fernando Saldanha.

Na ocasiao  Cassamá, destacou a importância da educação ambiental no país durante o Atelier de Validação da Estratégia Nacional de Educação Ambiental. tendo ressaltado que o documento foi elaborado de forma participativa, envolvendo especialistas, sociedade civil e comunidades locais. Além disso, reforçou o compromisso da Guiné-Bissau com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente nas áreas de educação, ação climática e preservação da biodiversidade.

Com a validação da estratégia, a Guiné-Bissau avança na construção de um futuro mais sustentável, apostando na educação como ferramenta essencial para a proteção ambiental e o desenvolvimento do país.

De referir que a Estratégia será apresentada na próxima Reunião de Ministros do Ambiente da CPLP, em São Tomé e Príncipe, e assenta em quatro pilares fundamentais: integração da educação ambiental no ensino, sensibilização comunitária, engajamento interinstitucional e monitorização contínua.




segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Oportunidade para conscientizar a população sobre a importância das zonas humidas e seus ecossistemas, mobilizar esforços para a sua proteção e uso sustentável.

A celebração do Dia Mundial das Zonas Húmidas, sob o lema "Proteger as Zonas Húmidas para o Nosso Futuro Comum", na Guiné-Bissau, inclui uma série de eventos entre os dias 30 de janeiro e 3 de fevereiro de 2025:

No dia 
30 de janeiro foram realizadas
 Palestras nas Universidades Colinas de Boé (UCB) e Jean Piaget (UNIPEAGET) em Bissau. 31 de janeiro, cerca de 50 jovens, das associações juvenis e de rede de rádios para segurança alimentar e Defesa do Meio Ambiente, participaram no jumbai Temático no Pátio do INEP.

No dia 2 de fevereiro Debates radiofónicos nas Rádios Galáxia de Pindjiguiti (Bissau), Voz do Rio Cacheu (Cacheu) e Comunitária Kasumai (São Domingos) sobre a proteção das zonas húmidas.

Já hoje teve lugar o ato solene do ano no IBAP com presença de varias individualidades, tais como: Aíssa R. de Barros DG do instituto da Biodiversidade e das Areas Protegidas; Raul Dumpe coordenador do escritorio de Wetlands no país; Nicolao Mendes de ONG Palmeirinha, Pansao Indafa de GPC; Joaozinho Sá de ODZH, Abilio Rachid PRCM; AmaduTidjane Sal de RENARSADA; Júlio Biai entre outros.

De referir que as zonas húmidas são áreas de transição entre a terra e a água, como pântanos, manguezais e margens de rios e lagos. Elas desempenham papéis cruciais para o meio ambiente e para as comunidades humanas, como:

Regulação do ciclo da água, Habitat para a biodiversidade, Segurança alimentar, Mitigação de mudanças climáticas.

As zonas húmidas atuam como esponjas, absorvendo o excesso de água em períodos de chuva e liberando-o gradualmente em períodos de seca, ajudando a prevenir inundações e secas.

Esses ecossistemas abrigam uma grande variedade de plantas e animais, incluindo muitas espécies ameaçadas de extinção.

As zonas húmidas fornecem recursos importantes para a pesca e a agricultura, contribuindo para a segurança alimentar de muitas comunidades.

As zonas húmidas, especialmente os manguezais, têm a capacidade de sequestrar grandes quantidades de carbono da atmosfera, ajudando a mitigar as mudanças climáticas.

A celebração do Dia Mundial das Zonas Húmidas é uma oportunidade para conscientizar a população sobre a importância desses ecossistemas e para mobilizar esforços para a sua proteção e uso sustentável.